segunda-feira, 29 de março de 2010

A moda do século I ao século XV



A maior referência que se tem deste período vem da Grécia Antiga, Roma, Inglaterra, Portugal, França e de vários povos, como por exemplo, os etruscos, bretões, hunos, etc.
A indumentária de muitos desses povos citados continuaram mais ou menos iguais até por volta do final da primeira metade do século I, quando em 330 d.C. Constantino muda a capital de seu império para Bizâncio. A partir daí começam-se as mudanças, sentidas, porém, em definitivo, quando por volta de 476 d.C, com a queda do Império Ocidental e conseqüente isolamento de sua capital. Assim, livre das influências do Império Romano, ocorre uma reviravolta na maneira de vestir. Com o forçado afastamento, a moda/indumentária passa a desconsiderar a formalidade e simplicidade dos trajes romanos, dando lugar a muita cor, muito brilho (com pingentes, jóias, etc) e muitos detalhes (como franjas, bordados, etc).
As túnicas passam a ter mangas bordadas em ouro, a dalmática aparece cheia de outras vestes, inclusive, com uma toda brocada. Apesar de as vestimentas mais cotidianas não terem tanta pompa, eram usadas duas: uma de lã (por baixo) e outra de barrado em seda colorida; por cima, ainda, vinha uma capa curta presa por um broche, e que nos invernos era forrada com pele. Também eram usados os braies (calções) com faixas cruzadas até bem abaixo dos joelhos.
A roupa deixava de ser apenas utilitária, usada para esconder o corpo, passando a representar sedução, hierarquia e a suprema glória.
E a mudança nas vestes do mundo oriental acabou por influir na mudança das roupas ocidentais, uma vez que Bizâncio (depois Constantinopla, hoje a cidade de Istambul) ficava na rota para as Índias, obrigando os que lá queriam chegar, a passar pelo Império de Justiniano e Teodora. E, isto influenciou o modo de vestir, agora em sentido inverso ao que acontecia antes.
O vestuário dos bizantinos pautou-se pela supremacia das cores púrpuras, vermelho, marrom, preto e branco, bem como o uso abundante de ouro. Os ricos bordados em prata, ouro e pedras preciosas eram de uma riqueza sem igual. Porém, as túnicas deviam cobrir todo o corpo e os decotes não eram permitidos para ambos os sexos, e ainda, as mulheres deveriam usar os véus cobrindo toda a cabeça.
O extremo apuro da indumentária bizantina influenciou todo o império românico, e persistiu no clero e nos feudos até o século XI. O povo, entretanto, vestiu-se de conformidade com os meios e necessidades. Os nobres fizeram uso da túnica cintada, de vários comprimentos, chamada bliaud; de calças simples, bracchae, com ligas de couro ou meias toscas, as chausses, de uma capa semicircular, presa por broche ou fíbula e a paenula, muito popular, principalmente em dias de chuva, usada com capuz.
Na Inglaterra, porém, antes de Carlos Magno, as roupas eram bastante simples; segundo ilustrações da época, o rei Offa, da Mércia usava: túnica curta, na cor amarela, borda: dourada e estreita, capa azul, e meias na cor vermelha. As mulheres anglo-saxônicas usavam uma camisola por baixo de uma túnica com abertura na cabeça; e, uma sobre-túnica puxada por um cinto, de forma a mostrar a peça de baixo: bordados de barra, punhos, e junto ao pescoço; como também um manto do comprimento da túnica e preso sob o queixo. E, ainda, o véu que cruzava sobre o peito e caia até os joelhos. Era um verdadeiro emaranhado de panos sobre panos. ¹
A roupa começa a sofrer nova modificação (na Europa Ocidental) quando das Cruzadas, que passa a fazer contato mais direto com o mundo muçulmano. Por volta do século XI, os cruzados trouxeram uma infinidade de novos produtos, que passaram a ser incorporado no vestuário. As mulheres, em especial, adoravam as novidades: o véu muçulmano tornara-se um sucesso na Europa, bem como o abotoamento das roupas na lateral e as mangas largas e compridas; também tinha um corpete, que passou a ser usado por volta de 1130, que moldava o corpo até o quadril, de onde saía uma ampla saia que caía até os pés.




Os homens, com seus calções braies até os tornozelos (nobres usavam apertados, ao contrário dos pobres), presos por um cordão nos quadris. Usava-se chausses feitas de lã ou linho e a túnica por cima. Depois deste século, os braies foram diminuindo de tamanho até se tornarem o que conhecemos como cueca (no caso dos trabalhadores transformou-se em meras tangas); e as chausses mudaram de tamanho e cor de acordo com o período: foram do joelho às coxas, como de coloridas a estampadas.²
Por volta do século XII, poucas modificações aconteceram no vestuário, a não ser no que se refere às túnicas, que ficaram mais justas e as mangas, que foram imensamente alargadas nos punhos. Os véus continuaram sendo usados, e muitas vezes presos por círculos ou semicírculos de ouro ou outro metal; e, pelo final deste século, usava-se também a barbette e depois o gorjal (tanto um como outro emolduravam o rosto). Neste período a moda era fluida, embora um pouco de rigidez determinasse influência e elegância.
A partir daí, as roupas foram sendo modificadas aos poucos, nada que fosse capaz de causar tanto alarde. Somente no século XIV, começa-se novamente a haver sensíveis modificações. E, segundo James Laver, somente “na segunda metade do século XIV que as roupas, tanto masculinas quanto femininas, adquiriram novas formas e surgiu algo que podemos chamar de ‘moda’”³, embora não propriamente, ainda.
Tudo isso, em razão da mudança no padrão estético das roupas femininas e masculinas. As roupas das mulheres passaram a realçar mais os seios, além de terem encurtado um tanto considerável para a época, o quadril marcado por um cinto usado bem rente a ele, passou a ser conhecido como gibão. E, por cima deste gibão, as classes mais ricas ainda usavam outra peça chamada côte-hardie, uma sobre-túnica decotada, justa e abotoada na frente.
Logo depois, surgiu a houppelande, a beca: justa aos ombros, solta, com um cinto na cintura. Percebe-se claramente que as mulheres neste período vestiam-se com menos extravagância que os homens; estes, ao contrário, tiveram uma vestimenta bem mais rica e volúvel do que as femininas, pelo menos até por volta do século XVIII.
Inclusive, durante o século XV, a roupa masculina é quem sofre uma grande reviravolta, digna de verdadeiros escândalos pela sociedade dita sensata. Encurta-se tanto o seu vestuário, que o gibão masculino passa a ser tão curto que chega a causar certa indignação; chegando ao ponto de o homem ter que passar a usar um saco ornamental cobrindo a abertura dos calções: o codpiece.



Sem nos esquecermos de que neste período, as roupas eram feitas quase sempre em casa, onde se criavam ovelhas e cultivava-se o linho, usados ambos na confecção das vestiduras. Depois disso, passam a surgir casas especializadas em roupas, dirigidas por tecelões e alfaiates, que aproveitando o crescimento das cidades, resolvem por bem, se valerem dos novos tempos. A moda começa aqui, a ser mais difundida.
No período conhecido como Idade Média, o vestuário é a principal marca da convivência social, tanto quanto um sinal de distinção social. Pela roupa usada pelas pessoas, podia-se concluir se mercador, judeu, meretrizes, damas, nobres ou plebeus. Talvez, por isso, o desejo das pessoas pelo luxo, pela ostentação de riquezas, numa forma de se diferenciar uma das outras.
Tanto é verdade que, as classes dominantes ornamentavam suas roupas com uma grande variedade de acessórios, como botões, cintos com pedrarias, enfeites dos mais variados possíveis, na tentativa de se manterem superiores. Sem nos esquecermos das sedas e peles valiosas e caras. Ao contrário, as pessoas comuns se vestiam com meras roupas de lã e linho; e os bem mais humildes, ainda, a considerada ralé, com roupas de pele de cabra, carneiro ou lobo.
Numa sociedade tão marcada pelos contrastes sociais, impossível se tornava não apontar tal e qual, apenas pelos trajes que passeavam pelas ruas das cidades e pelos salões festivos dos grandes palácios e palacetes. A roupa era realmente uma divisória entre ricos e pobres, cultos e incultos, nobres e plebeus. Até porque, a dificuldade que era confeccionar uma roupa ou mesmo mandar que fosse confeccionada ao seu modo, tornava-a demasiadamente onerosa, principalmente para uma população que mal tinha o que comer. E, ainda, sofria com a peste e a fome.



A moda/vestimenta como observamos, tornou-se ao longo dos anos sobejamente exagerada. E assim, permaneceu principalmente no que tange ao vestuário masculino, até por volta do começo do século XV. A partir de então, progressivamente, ela vai perdendo a ostentação, para no período renascentista se aliar às artes, numa tentativa de transplantá-la para as vestes.
Estas, inclusive, passam a retratar cada vez mais o espírito de riqueza e dominação das pessoas. Em se tendo dinheiro, podia-se ter um guarda-roupa diversificado, com muito luxo e preciosidades. E, a riqueza atrai consideravelmente a luxúria, por isso mesmo, as mulheres passam a abusar cada vez mais dos decotes, reveladores das formas arredondadas e cobiçáveis aos olhos masculinos. Os homens, por sua vez, também se esforçam para manterem-se desejáveis aos olhos das belas senhoritas “decotadas”.

domingo, 21 de março de 2010

A MODA ATRAVÉS DOS TEMPOS -A moda indumentária a.C. (continuação)


Com a chegada da cor, o conceito de moda/indumentária começaria a mudar; e, a comercialização da novidade expandiria os horizontes, transformando, passo a passo, as fronteiras. Reaparece a região da Anatólia, atual Turquia, berço da poderosa civilização Hitita, bem como cidades tais: Uruk, Lagash, Ur, Nippur e Kish. E o mundo vai ganhando terreno. Ao sul desta região, encontrava-se o Egito, com Tanis, Menfis, Tebas... E espremida em uma faixa estreita e montanhosa, entre o mar Mediterrâneo e a orla do deserto, tínhamos Canaã.
Esta poderosa terra constituía o elo de ligação entre o Egito e a Ásia, o que a tornava estrategicamente importante para os interesses políticos e econômicos da região, e nisso incluía o comércio da moda/indumentária. Pois esta precisou deste intercâmbio para se firmar como um diferencial na vida das pessoas.
E não é só. Os cananitas conseguiram desde tempos remotos extrair de um caramujo do mar, o murex, nativo da região, uma tinta azul púrpura, muito famosa e apreciada na época. A descoberta da cor púrpura foi de tamanha importância para este povo, que até a região foi batizada com a cor: Canaã significa “Terra da Púrpura”. Foi uma tinta tão rara e difícil de manufaturar que a cor púrpura passou a designar poder e bom gosto, e assim, apenas os muitos ricos usavam roupas com esta tonalidade.
Mas, a natureza não poupou colorir a região e o mundo, dando a Canaã uma paleta de cores. O amarelo vinha das romãs e do açafrão; o vermelho, cor do fogo, era conseguido da raiz da garança ou mesmo do cártamo; fazia-se também a cor azul, seja celeste ou pastel, e para isso, usavam o murex, mas com técnicas de produção que os permitiam produzir uma infinidade de tons e subtons. As damas da corte, de todas as nacionalidades, cobiçavam o maravilhoso pó azul de lápis-lazúli – para colorir as pálpebras – e o estíbio – cosmético para os cílios; e os ricos não deixavam de mandar suas roupas para serem tingidas pelas grandes tinturarias, um verdadeiro sucesso!
E mais, em Canaã florescia o comércio de ouro e especiarias da Núbia; cobre e turquesa das minas do Sinai; marfim, linho, prata da região do Tauro; vasos de vidro de Creta e couro de Biblos.
Os cananitas, que contribuíram até 3.000 a.C, a partir de então passam a serem conhecidos como fenícios, e logo depois, por volta de 800 a.C como púnicos. Os fenícios foram a primeira grande potência marítima que se tem registro na história, traçando um comércio que abrangia o norte da África, a costa oeste Africana até Gâmbia e Senegal, as ilhas Canárias, Mogador, o Bósforo, a Itália, Sardínia, as ilhas Britânicas, Espanha e ilhas Baleares.9
As tecelãs fenícias também conseguiam produzir um misto de lã e linho, muito utilizado na confecção das roupas; mas, também era possível adquirir seda diretamente da China. Sem esquecer que os fenícios foram os primeiros a produzirem tecidos estampados, usando o método do stencil. Eram capazes de produzir uma técnica de estamparia em blocos e ainda a tecelagem trabalhada em fios coloridos que formavam uma estampa inigualável. Além, é claro, de terem desenvolvido a arte de bordar; seus bordados eram em cores ricas e vibrantes; mas, apenas os muitos ricos usavam roupas assim, uma vez que o dinheiro empreendido na confecção de tais “obras de arte” era demasiadamente alto.
Por fim, quando as cores passaram a fazer parte da cultura difundida na época, as roupas brancas tornaram-se símbolos de luto, pobreza ou penitência. E as cores passaram a significar status, poder, luxo e requinte; tanto que algumas cores ficaram restritas à nobreza. Por exemplo, durante a república dos Caesares e mesmo algum tempo depois, apenas os senadores, reis e déspotas usavam roupas de cor púrpuras.
Os hebreus, com base no Velho Testamente, única fonte de esclarecimentos acerca, usavam basicamente roupas folgadas e drapeadas, até como proteção do sol e da areia dos desertos. As mulheres, exceto meretrizes, cobriam as cabeças e mantinham os cabelos presos. A indumentária consistia em uma túnica sem mangas, longa até os tornozelos, acrescida de outra, com mangas. As cores não eram predominantes, apenas usava-se tons naturais ou da terra e pequenos motivos geométricos feito pelos tecelões.
Já na Grécia antiga, era costume usar o quíton, normalmente feito de duas peças de pano costuradas; por cima desta peça, ainda, podia-se usar a clâmide uma espécie de capa curta, geralmente presa em um dos ombros pela fíbula. Sendo importante ressaltar que, esta capa também podia ser usada sozinha, sem nada por baixo. Ao contrário de outros povos, os gregos não viam a nudez como algo imoral, portanto, não pestanejavam em mostrar as partes pudentas, inclusive, homens e mulheres gostavam de se exercitar nus.10 Porém o efeito era estético, não erótico.
A versão feminina da clâmide era conhecida como peplo, e também usada sobre o quíton que ia até os pés. Note, que a moda feminina grega, mesmo a contragosto de leis suntuárias impostas contra o luxo excessivo de seus trajes, não fez cessar a busca por tecidos como a seda, extremamente finos e delicados. E, por fim, não esqueçamos de mencionar o himation, a capa ampla que, durante os dias frios era usada; chegava a medir até 2,40 m por 1,80 m e podia ser usada por homens e mulheres.11

Os gregos gostavam de proteger a cabeça, por isso, dispunham do uso de gorros, os pilos, dos chapéus de abas, os petasos e até mesmo das dobras da vestimenta. Tinham preferência por cores fortes como o vermelho, o amarelo e o roxo e principalmente adoravam bordados variados, desde formas geométricas como rosetas, círculos, estrelas e outros, até folhas de acanto e louro, ondas, meandros ou animais.
A civilização antiga, da grande Roma, não poderia ficar de fora. Durante a república dos caesares, as roupas copiaram a simplicidade dos gregos. Como dizia o poeta Horácio: “a Grécia cativa cativou os romanos”.12 Os homens usaram a toga e a stola; e as mulheres uma veste longa e ajustada, sem cinto, com meia manga, e às vezes um decote nas costas fechado por fitas.
A toga romana, com os anos ficou mais volumosa, além de pregueada. Talvez, por isso mesmo, neste período, usada apenas pelas pessoas abastadas, pois impedia qualquer atividade mais rigorosa. Os meninos livres, até completarem a puberdade, usavam a toga praetexta com barrado roxo, símbolo do homem livre; e, quando completassem os anos certos, trocavam-na pela toga virilis, na cor branca; no período de luto vestia-se uma toga com abertura pela cabeça, de cor preta.
Com o passar dos anos, a toga foi diminuindo de tamanho, e passou de um pallium a uma pequena tira de tecido, conhecida como estola. Depois, por cima, os homens passaram a usar um saiote, simples, feito de linho, que acabou substituído por uma túnica (antigo quíton grego). O tamanho da vestimenta chegava ao joelho, a não ser em ocasiões especiais, quando pedia-se que ela fosse até o chão.
O quíton grego, bem como seu equivalente romano, era uma capa, feita de dois pedaços de tecido costurados (tinha que vestir pela cabeça e amarrar com um cinto) usada sob as togas pelas classes superiores; classes inferiores vestiam apenas a túnica.

Ao longo dos anos, a túnica foi ganhando adereços, como as mangas até os cotovelos, chamada “dalmática” ou os bordados que a faziam ganhar o nome de tunica palmata. A vestimenta ganhou depois, duas novas túnicas, usadas na maioria das vezes, juntas. A primeira, de baixo, chamava-se subacula; a outra, para ser usada por cima, chamava-se tunica exteriodum, que em 100 d.C passou a se chamar caracalla.13 Depois da morte do imperador Nero, a dalmática e a toga caíram em desuso e a túnica longa passou a prevalecer.
Neste período, como já mencionado, usavam-se apenas calças (ou seja, calções ou tiras largas enroladas como calças) os povos considerados bárbaros. Os romanos eram demasiadamente rígidos no sentido de admitirem quebrar certas tradições, a ponto de remodelarem sua indumentária tão radicalmente ao que estavam acostumados. A maioria dos povos, ditos bárbaros (os godos, visigodos, ostrogodos, gauleses, etc), é que gradualmente, passaram a assimilar as roupas dos romanos, apenas os diferenciando pelo tecido inferior e o uso dos ditos calções.

Quanto às roupas das mulheres, estas não se diferenciavam muito das masculinas, exceto pelo corpete usado sobre o busto, o strophium (quase um biquíni moderno). As túnicas femininas eram apenas mais longas, cobrindo os pés; as mulheres gostavam muito das cores fortes, como o vermelho, azul, amarelo e dourado para os ornamentos (quase sempre bordados). Também usavam estolas de mangas compridas e xales, as pallas de seda; cobriam a cabeça com véus, lenços e capuzes e eram adeptas do ferro de encrespar os cabelos, dos descolorantes, apliques, perucas e penteados elaborados.
Indo agora para o Egito, pois que de todos os povos, foram certamente os que mais contribuições deixaram para a história, retratando para a posteridade seus costumes e vestimentas, através de pinturas das mais diversas possíveis encontradas em pirâmides e templos, encontramos uma moda, que durante quase 3 mil anos manteve-se, praticamente, estática. Esse povo manteve essa qualidade em suas vestes, mudando muito pouco no decorrer dos anos.
No Antigo Império (antes de 1.500 a.C), usou-se o chanti, um pedaço de tecido variante da tanga e preso por um cinto. Para os de classe mais elevada, este era engomado, pregueado, e por vezes, até bordado. No Novo Império (de 1.500 a.C – 332 a.C) usou-se túnicas longas, franjadas, chamadas calasires, sendo toda semitransparente, permitindo ver o chanti por baixo. Frise-se, que quando usada pelas mulheres, esta vestimenta produzia um efeito ajustado sob os seios.12
Na maioria das vezes, os egípcios também usavam uma capa curta cobrindo os ombros, ou, então, uma gola larga adornada com jóias, que deixava tanto nos homens, quanto nas mulheres, os seios à mostra. E diferentemente de outros povos, eles não costumavam utilizar lã para a confecção de suas roupas, pois consideravam as fibras animais impuras, preferindo o uso do linho.

E, após a conquista Alexandrina, embora permitida a fabricação de roupas comuns, as vestes dos sacerdotes e as usadas em funerais continuaram, ainda, proibidas de serem confeccionadas.14
Mas, mesmo tendo os trajes egípcios permanecidos inalterados por infindáveis anos, foi impossível mantê-lo totalmente imutável, principalmente, depois das conquistas estrangeiras, que aos poucos foram ganhando espaço; não tendo sido de todo alterado apenas no que se tratasse de cerimoniais festivos e religiosos. Estas indumentárias tradicionais foram mantidas por mais de 30 dinastias.
No mais, o povo egípcio em geral usava pouca roupa, quase sempre uma tanga; os ricos adoravam as transparências, que permitiam ver o colorido da pele e suas curvas, também um gorro de feltro ou de um pano listrado, o klaphe. Os faraós, a mitra e barba postiche. As mulheres, um tipo de sarongue, que atingia os seios, preso por alças; ambos os sexos gostavam de ornamentos como o besouro, o escaravelho, o abutre, o falcão e outros que enfeitavam.
Já na Europa antiga, precisamente na chamada Idade do Bronze, provavelmente 1500 a.C. tribos indo-européias formadas por celtas, germânicos, iberos, trácios, dácios e citas tiveram como vestimenta primaria um retângulo enrolado no corpo, preso por um cinto. Nessa época os acessórios também eram demasiadamente importantes.
O traje masculino era composto de capa, tunica retangular de lã, sem mangas, cinto, gorro, perneiras presas por tiras – forma primitiva de calças – e sapatos de pele de couro curtido, com tiras ou ligas. O cabelo era comprido, às vezes preso por chinó ou trançado. Os homens usavam bigode e barba e nas guerras não dispensavam os capacetes de chifres ou carcaças de animais, pois criava um aspecto repulsivo.15
As mulheres vestiam saias, presas por um cinto, atingindo os tornozelos, com blusas ou túnicas curtas; calçavam sapatos iguais aos dos homens. O cabelo podia ser solto, trançado ou preso por fitas, em rabo-de-cavalo. Nessa época, as roupas eram tingidas com plantas silvestres e a lã, o cânhamo e o linho empregados na tecelagem. 16
Assim sendo, não é de hoje que vemos que a moda/vestimenta/indumentária é uma constante na vida das pessoas. E podemos dizer que, graças às descobertas arqueológicas ela é mais antiga do que imaginávamos; e, sem desconsiderarmos seu lado fashion, que provavelmente existe a milhares de anos, e diga-se, com a mesma relevância para reis ou plebeus.


A moda do século I ao século XV será nosso próximo tema, aguardem!!!

sexta-feira, 19 de março de 2010

MEIA CALÇA É TENDÊNCIA: APROVEITE!!


meia-calça valoriza as pernas, a feminilidade e a elegância. O inverno fica mais chique com uma infinidade de novos modelos! Claro que você só fica bem se usar do jeito correto! Você sabe como usar a meia-calça? Caso não saiba, agora é a hora de aprender!

Preferencialmente, a meia deve ser combinada com o sapato! Isso serve, inclusive, para as meias coloridas! Essa é uma regra básica que ajuda muito, mesmo que a meia-calça ou o sapato seja de um tom mais escuro! A meia preta é um pouco mais democrática e permite que você brinque com as cores, podendo combinar com sapatos de outras cores, exceto branco. Sapato preto é neutro e vai com quase todos os tipos e cores de meias. As botas, as sapatilhas, o escarpim, os sapatos peep toes adoram meias-calças!

Cuidado quem tem as pernas grossas, evite as meias-calças muito detalhadas (rendadas, mescladas, com desenhos geométricos, entre outras) e também as meias claras. Se, ainda assim, estiver louca para usar uma meia chamativa, escolha as estilo “risca de giz”, pois alongam as pernas. Dê preferência pelas meias opacas. Se quiser usar colorida, opte por tons mais escuras (vinho, azul marinho, verde-musgo, marrom, entre outras).

Ao contrário, se tiver as pernas finas, pode usar e abusar de todas!!! Especialmente, as com formatos geométricos, meias com cores berrantes, rendadas, super arrastão, e por aí vai! Dá a impressão de que as “pernocas” ficaram um pouco mais grossas. Se tiver pernas longas ou for muito alta, evite as meias com riscas verticais, pois, como já dissemos elas alongam e afinam.

Na hora de escolher os fios, veja a temperatura para não cometer nenhuma gafe! Imagina se faz um friozinho à toa e você já veste uma meia-calça fio 80? Vai morrer de calor, suar e ficar evidente seu incômodo por sua má escolha!




Jamais use meias com textura com roupas super estampadas! Fica terrível! Para as meias detalhadas, monte um visual mais uniforme. Aliás, em caso de dúvida na composição das roupas com as meias-calças e os sapatos, sempre siga um visual mais cleen e neutro que, dificilmente, você vai errar! Lembre-se, caso queira um visual fashionista, as meias xadrezes, por exemplo, deixará vc um arraso!!!

Pronta pra sair por aí desfilando pernas incrivelmente na moda?? SEm medo de errar?? Então, preste atenção nos detalhes na hora de compor o look desejado e atraia todos os olhares pra vc! Arrase por aí com charme, elegância, sensualidade e demonstre que tem ótimo bom gosto.


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ARRASE COM ESSA TENDÊNCIA SUPER UP NO OUTONO/INVERNO!!!!

quinta-feira, 18 de março de 2010

A MODA ATRAVÉS DOS TEMPOS - A moda - indumentária a.C (continuação)



Até mesmo em relação aos penteados da antiguidade podemos tomar como comparativo as Vênus de Willendorf ou outras similares; pois através dessas estátuas analisamos variados tipos de cabelos, desde os curtos, encaracolados, presos em coques ou trançinhas, e por ai vai. Sem contar as inimagináveis contas encontradas em Sungir, na Rússia, datadas de aproximadamente 25.000 anos. Os esqueletos encontrados nesta região estavam inteiramente ornados com elas.

Infelizmente, quanto à forma da vestimenta, o uso de peles, couro e tecidos propriamente ditos, ou o modelo das peças, não foi possível saber com exatidão, uma vez que nada de significativo foi encontrado, tendo se perdido com o passar dos tempos. Mas, mesmo assim, os demais apetrechos encontrados não descartam a existência de uma forma de moda e sua influência na sociedade da época. Foram encontrados vários adornos pessoais, como as jóias, sendo as mais antigas que se tem registro: as conchas fossilizadas, os dentes de animais, ossos, chifres, marfim, pedra calcária e azeviche, braceletes, cintos, enfim, toda uma gama de aprestos de moda.

Depois deste período, continua-se o processo evolutivo da vestimenta como um todo, de forma que, quanto mais a sociedade se interagia, mais importante se tornava criar um diferencial. A vestimenta começa, então, a diferenciar as pessoas e a aproximá-las de Deus.

Destarte, podemos afirmar que no período que vai, primeiramente, de 8.000 a 4.000 a.C, conhecido como período neolítico, a moda esteve diretamente ligada aos atos de fé.6 Isto porque, os povos acreditavam na unidade do mundo espiritual e material. Nesta época, as sociedades começaram a deixar de ser nômades, estabelecendo-se em comunidades mais ou menos organizadas para cultivarem a agricultura, estabelecer a religião e marcar, assim, o início do que consideramos sociedade humana organizada. Depois deste período, de 4.000 a.C até o século I, a moda/indumentária deixa de ser apenas um ato de fé, e torna-se também a representação do poder e da força do homem.


Existiu forte predominância de indumentária, também, na ilha de Creta, que aproximadamente pelo ano 1750 a.C. já apresentava diferenças marcantes no vestir de homens e mulheres. Elas usavam babados sobrepostos a uma saia longa em formato de sino e cintura afunilada, tipo de blusa costurada às mangas, deixando a mostra os seios (símbolo de fertilidade) e na cabeça tinham um chapéu com detalhe de animal. Cada animal usado como acessório detinha um significado, a cobra, por exemplo, representava o poder. A indumentária dos homens era mais simples, apenas uma espécie de tanga presa por um cinto, na altura da cintura deixando o restante do corpo nu. O mais marcante desses povos é que deixavam o cabelo e as barbas crescerem e os usavam plissados ou ondulados.
Durante todo este período, o Oriente Médio se apresentava como a região destes povos, sendo o centro cultural da época neolítica e das civilizações antigas. Entre os rios Nilo e Cáspio, estendia-se uma próspera região conhecida como o “crescente fértil”, que mais tarde seria conhecida como Mesopotâmia.
Esta região foi também o berço das mais antigas civilizações que se tem notícia, como a dos sumérios, que, possivelmente foram o berço da civilização moderna, apresentando ao mundo uma sociedade rica em seus costumes e cultura inigualável em tempos tão remotos.


A moda suméria constituía-se em longas saias debruadas por babados, feitos de tufos de tecido ou mesmo de lã. Com o tempo, a moda evolui dos babados para as franjas, enrolado em drapeados, bem ajustados, em volta de todo o corpo. Os referidos trajes não tinham diferenciação por sexo, embora com o passar dos tempos, a vestimenta masculina tenha evoluído para os trajes sem mangas.



Esta moda/indumentária de tufos, ou mesmo de franjas também fora muito usada por assírios e babilônios, pois o modelo agradava as classes altas femininas e masculinas que mantinham a tradição de usar roupas drapeadas em volta de todo o corpo em espiral; embora o modelo tenha sido gradativamente eliminado pelos altos escalões, sendo aos poucos substituídos por um tipo de túnica com mangas. A vestimenta desse povo, sua indumentária, adornos e jóias era sobejamente exuberante. Os dirigentes importavam-se em demasia com o penteado e a barba, os cabelos eram encaracolados e as perucas e postiches muito apreciados.

E, voltando a Suméria, nesta região a moda/indumentária proliferou, mais precisamente, no local onde atualmente é o Iraque, “A Síria entre os rios”: Aram-Nacharaim, como está referido no Velho Testamento a Mesopotâmia.

Pode-se considerar, inicialmente, a moda deste período, como uma moda branca, levando-se em conta que as fazendas mais finas eram tecidas em linho ou lã com 100% de pureza; denotando, com isso, a tonalidade extremamente branca. Ao contrário, porém, do que acontecia com os tecidos de qualidade inferior, que apresentavam diferentes tonalidades, indo do preto ao bege, e passando por uma infinidade de tons marrons.

Durante um longo período da história os tecidos não detinham as tonalidades que hoje conhecemos. Variavam apenas conforme a pureza que se conseguia atingir no momento da trama. Mas, de repente, dá-se a grande invenção do mundo fashion: a cor. A descoberta mágica de como se tingir as fazendas!

terça-feira, 16 de março de 2010

A MODA ATRAVÉS DOS TEMPOS - A moda - indumentária a.C



Durante muitos anos acreditou-se que a moda não fazia parte da história do homem, pelo menos, não do homem pré-histórico. Pensava-se que as comunidades que viveram antes de 4.000 a.C eram nômades, caçadores vestidos de peles, sem nenhuma ligação de cultura, apenas limitando-se em sobreviver.


No entanto, em 1958, os arqueólogos James Mellaart, Alan Hall e David French, descobriram na Turquia, Çatal Hüyük, que faria com que a visão da moda se transformasse, abrindo lugar para novas interrogações a respeito. Afinal, descobriu-se que Çatal Hüyük foi fundada há mais de 8.000 anos e, tendo lá vivido, aproximadamente, mais de 7.000 pessoas.¹ E estas pessoas, como demonstrou as escavações, já tinham preocupação com a vestimenta e com os utensílios que compunham as habitações. E o mais surpreendente, reservava às mulheres um lugar de destaque na comunidade.



Foram encontrados muitos adornos pessoais, como contas de diversos tipos de pedras, tão finas que pareciam impenetráveis por nossas agulhas; resquícios do que poderia ser tecidos e artefatos com um alto grau de sofisticação; pingentes de cobre e chumbos fundidos. E mais, os primeiros espelhos conhecidos, feitos de obsidiana, finamente polidos.



Mas, digamos que o mais magnífico foram as pinturas, principalmente as murais, chamadas rupestres; representações de como viviam, trabalhavam e se relacionavam os homens da Antiguidade. Em algumas pinturas do período neolítico chegou-se a observar o que provavelmente possa ter sido um tipo de estamparia, geométrica e incorporando motivos florais; com tonalidades camurça, branco, preto, cinza e vermelho alaranjado. É talvez, a nítida representação da tecelagem de Kilims², numa clara evidência de que esta técnica surgiu, ainda, na Idade da Pedra.



Embora nada disso possa ser provado com exatidão, é possível ressaltar, com certeza, que no paleolítico, os trogloditas das cavernas européias cobriam seus corpos, em função até do frio excessivo; e para isso, usavam os tendões de animais e as fibras vegetais (algodão) como também animais (pêlos de ovelhas) passadas através de pequenos furos feitos em espinhos, ossos ou pedras para costurar as suas peles.



Até uns poucos mil anos antes do ano 8.000, por conseguinte, é certo que a moda já fazia parte das sociedades. Existiam jóias[1], vestimentas em tecidos coloridos com tinturas vegetais, e muito mais. E não só nesta região da Turquia, mas em outras, como no Japão foram encontrados representações antigas de âmbar e obsidiana com cerca de 10.000 anos de idade.


E mesmo que não se possa provar, com exatidão, devido à falta de material orgânico destas antigas civilizações, é certo que muito antes o homem tinha forte ligação com a moda (não numa relação puramente estética ou meramente comercial como a definimos atualmente; mas, fundida em várias expressões, numa forma de diferenciação, linguagem, poder, etc).


E, pode-se dizer que já conheciam os têxteis, uma vez que, em escavações em Pavlov, na Morávia, foram encontradas quatro peças de cerâmica, de aproximadamente 26.000 anos de idade, que provam a existência da tecelagem no cotidiano da época. Impossível prever como eram feitos, se de fibras vegetais ou animais, ou mesmo se produzidos com ou sem o uso de um tear. Entretanto, esta é uma das mais antigas evidências da existência de têxteis na história da humanidade.³


E mais, o homem daqueles tempos também detinha conhecimentos além do imaginado hoje por nós, como a extração de hematita, goethita e limonito, para conseguir pigmentos vermelho, amarelo e marrom. Cores estas bastante usadas nas cavernas, como se descobriu na França, em Pech de l’Azé, com abundantes sinais destes pigmentos usados pelos neanderthais; e também as pinturas de Lascaux, com seus 17.000 anos ou as descobertas de Chauvet Cave, que datam de aproximadamente 30.000 anos. Ou mesmo no Brasil, onde na serra da Capivara, no Piauí, encontraram-se raridades do mundo da pintura antiga, datando de até uns 40.000 anos em média.









[1] Ressaltando que o cobre era um material muito usado na confecção de jóias, tendo passado a ser usado para criação de armas e ferramentas, apenas há 4.000 anos

A MODA ATRAVÉS DOS TEMPOS

A partir de hoje vou começar a contar pra vcs como foi a escalada da moda através dos tempos...espero que gostem. Todos os textos fazem parte de uma monografia que estou escrevendo, por isso, espero que possa ser útil a todos, mas que também possa ser respeitado os direitos autorais.....APROVEITEM!!!!

QUAL SEU ESTILO???
















Para curtir o que ainda resta desse finalzinho de verão, aproveite! SEja vc rocker, total black, lolita, nude...não importa, escolha o que melhor combina com sua personalidade, com peças que lhe inspirem e arrase na balada!!!
Os shorts continuam em alta...

Os coletes imperam....

As blusas soltinhas e as calças boyfriend também!

E os vestidinhos, show na temporada de calor e persistirá no outono....


Então, inspirem-se já!! Não percam tempo e conquistem......

bjinhosssss

domingo, 14 de março de 2010

LEGGING É TENDÊNCIA











Tendência antecipada ou nunca saiu de moda?








Que os leggings são um show de estilo…. sabendo usá-los é claro…não há de se discordar, entretanto, deve-se tomar muito cuidado com as combinações, até porque as brasileiras, com um aflorado "sex appeal" costumam abusar! Por isso, melhor ter cuidado!!!


No mais, as novas coleções provaram que os leggings podem ser usados com estilos e bem complementados com capas, vestidos, malhas, blusas compridas. O maior problema entre as brasileiras é não ter a noção do seu avantajado corpinho e achar que os leggings podem dar conta (conter) os excessos. O que é um ledo engano!
Acredite, quando mal usado, o legging é um show de horror!. Mas, o contrário também é verdade, e essa peça ousada, porém super UP caiu no gosto dos estilistas e todo mundinho fashion..........................
Já que vamos falar de moda, eu pergunto, o que é a moda? Como ela surgiu? Porque nos é tão importante? A moda seria apenas nossa vestimenta, a cobertura de nosso corpo? Mas, assim, o que falar daqueles que, por costume de seu povo, simplesmente não se vestem?

Seria absurdo dizer, ao meu contendo, que a moda é apenas o que vestimos, é mais. A moda é também a maneira como estabelecemos regras, nos diferenciamos, nos expressamos, posto isto, é o que encenamos numa sociedade. Portanto, ela representa não só a vestimenta, apesar desta ser a peça mais importante num contexto geral, claro, como também os acessórios; porque os povos que não se cobrem, se enfeitam de colares, possuem adornos de cabeça, pés e mãos, só para citar alguns exemplos.

A grosso modo, a moda é um bem necessário a todos, seja por vaidade, fé, condições climáticas, reprodução do meio em que vivemos, ou, simplesmente por necessidade ou vontade.

Ou mais, ainda, se afirmarmos que a moda é o reflexo das mudanças sociais ocorridas em várias épocas diferentes; tanto isto pode ser verdade que as maiores mudanças ocorrem sempre após as grandes revoluções (já se deu conta disso???), período em que as idéias tendem a serem transformadas com a explosão de acontecimentos diversos. Para isto, citemos como exemplo a revolução francesa, quando o "mundo" mudou, inclusive, a moda.

O mesmo aconteceu com a moda do século XX, que é bastante citada nos livros, com mudanças radicais que aconteceram por décadas, não mais por séculos. Citemos a revolução industrial que se deu com o surgimento das indústrias têxteis, com as novas tecnologias, inclusive, com o surgimento do tecido tergal (diga-se, um marco para a moda).

Antes, porém, precisamente em alguns períodos da história, a moda não refletia a sociedade como um todo, estando restrita a um círculo pequeno de pessoas, que apesar de preocuparem-se com a vestimenta e seus acessórios, não refletia nela aspirações ou anseios artísticos, desejos, sendo apenas a ostentação de um padrão e a máxima que diferenciava os detentores do poder. Não existia uma razão puramente estética, ou melhor, não havia liberdade de escolha voltada para o gosto em particular, e muito menos existia a questão econômica que levaria a moda ao boom do século XIX.

No entanto, é preciso reafirmar que a moda não se resume apenas nestes acontecimentos. Tanto que muitos pesquisadores acreditam que a moda é muito mais antiga do que imaginávamos, se reportando desde antes do período neolítico, ou seja, à Idade da Pedra. E mais, tendo tido variações e sucessivas evoluções ao longo de milhares de anos, influenciando significativamente a sociedade.

Como bem afirmou o estilista Pierre Cardin: "A moda é a transmissão da civilização"¹.
E assim, porque também não dizermos que a moda surgiu quando Deus criou as vestes para Adão e Eva, no Jardim do Éden?.² Não surgia aí, o primeiro “modelito”, feito de folhas de figueira, cosidas de maneira a formar uma cinta,³ para depois serem usadas as peles?

A Bíblia cita o vestuário como uma constante na vida das pessoas, com o uso de folhas de figueira, lã, peles, linho fino, seda e até fios de ouro para os mais abastados.

Portanto, ao contrário do que muitos acreditam, podemos afirmar que, muito provavelmente, desde a criação do homem no planeta terra a moda nos acompanha. É verdade que, o conceito de moda vem sofrendo um processo evolutivo: lento em algum período da história – como os primeiros 8.000 anos antes de Cristo – mais ou menos acelerado nos períodos seguintes, até o Século V, sofrível durante a Idade Média, do século V ao século XV, relativamente significativo até o século XIX, e altamente modificativo em todas as décadas do século XX e continuando pelo século XXI.

É claro que a moda despontada a milhares de anos atrás, apresenta conceitos totalmente diferenciados no mundo de hoje, mas isso não quer dizer que não refletia costumes, anseios, mudanças... Principalmente se pensarmos que a moda é um reflexo social. Daí sua máxima importância para o ser humano, visto que ela é um resumo da nossa história.

Afinal, sabemos que a maneira como nos vestimos, mais que uma cobertura da pele, é um rigoroso aprendizado. Aprendemos a nos vestir para melhor nos expressarmos, moldando nossa personalidade, de forma a encontrarmos um modelo ideal que nos firme num determinado grupo. Embora, não de forma inquestionável, porque não podemos fazer da moda modelo único, pessoal e intransferível.

SEndo assim, resta nos perguntarmos: somos até certo ponto prisioneiros de nossos gostos desmedidos e precisamos da moda para nos libertar, ou seria o contrário? Diria que, não importa qual seja a verdade, desde que o desejo prevaleça. E, vc o que pensa???
“Com a moda começa o poder social dos signos íntimos, o espantoso dispositivo de distinção social conferido ao porte das novidades sutis” (Gilles Lipovetsky, O Império do Efêmero).

Olá, cheguei pra falar de moda, ou melhor, pra dividir com todos vcs que adoram moda, ou simplesmente acham interessante, tudo sobre tendências, novidades em termos de tecnologia, história de moda e muito muito burburinho fashion...e para isso, conto com vcs para deixar isso aqui mais divertido...perguntem, discutam, tragam questões interessantes, enfim, divirtam-se!!!